segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sinestesia em sonho!!



Foi um sonho, mas podia ficar ali uma vida inteira, somente vendo-a passar, não que eu seja melancólico ou dramático de mais, mas senti uma imensa paz sentindo aquele seu soprar no meu rosto, seu jeito de me embalar, suas mãos em minha cabeça, e devo dizer, ou melhor, assumir que seu cheiro não sai mais do meu nariz!


Era tão real como se fosse Você ali mesmo, em carne e osso, acho que mais carne do que osso! Reluzindo tudo em volta, trazendo luz, simplesmente brilhando... caminhando vagarosamente ao meu encontro, não sei se por sua idade, por seu peso ou por ser apenas esse o seu modo de levar a vida, com calma e muita paciência de uma pessoa em extremo misteriosa! Foram vários carinhos, e como já se era de esperar de uma "criança" carente... Acabei criando intimidade! E de Senhora, e distante, já te sentia minha, tão somente minha...


Fui me rendendo a conselhos, que por mais curioso que pareça, nem se quer foram balbuciados, passavam em minha mente como um sonho, mas como pode ser: sonho dentro de um sonho?... Ao mesmo tempo estranha e maravilhosa!


O dia foi amanhecendo, e como água na palma da mão seus carinhos foram escorrendo pelo ato de abrir os olhos, maldita realidade que me chamava!... Jamais esquecerei essa experiência, do gosto dos seus carinhos, do toque do seu perfume chegando ao meu nariz e do doce brilho de sua pele!


Aguardarei mãe dourada que volte novamente a visitar este teu filho que tanto te ama!

Kiua Dandalunda!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

YEMONJÁ = Mãe dos filhos que são peixes. Me faz de seu filho... me acalenta nos seus seios e me dá proteção!

Sábado, 29 de janeiro, podia ser um dia como qualquer outro, mas não foi. Não foi começando pela insuportável dor de cabeça que me atacava, algo como se duas paredes imprensassem meu crânio. Dor insuportável que não desejo a ninguém. Para melhorar, ainda tinha aquele compromisso já marcado com antecedência, não só com as pessoas envolvidas, mas com eles os principais motivos que me levam a andar com retidão, meus Encantados! Mesmo assim fui amarrado como se algo não quisesse me deixar ir!



Chegando ao local que deveria estar às 16:00, com 40 minutos de atraso, fui recepcionado com os mesmos sorrisos que me são inconfudíveis, com os mesmos carinhos e mimos e preocupações de sempre, que me deixam tão mal acostumado. Juro que nem era o que precisava, rsrs!



Merendas, conversas, risadas, e o bom remédio que minha cabeça tanto precisava. As horas se passando e banho... Um banho cheiroso, gostoso, que minha memória e meu olfato não irão esquecer jamais! Branco; e a noite se tornou tão alva, em um sincronismo lindo de tecidos e roupas brancas. Eis um convite... Um chamado... Um banco... E não me lembro de nada, só de acordar tão bem acalentado, de receber carinhos em minhas costas, como uma criança nos seios de sua mãe, um sentimento de proteção... Água dada com cuidado! Juro que não queria sair dali, minha vontade era de dizer: "deixem-me aqui", mas algo maior ainda estava por acontecer...



Orações, preces, cantos... Um "choro"... Meu olho brilhando, uma paz foi reinando em minha cabeça, em mim... E a dor? Nem sabia mais onde ela tinha ido parar... "Não vai falar com sua mãe, não?", só ouço de longe uma intimação, mas não era fuga, era a inércia de não saber o que fazer... Ô abraço bom, e bem baixinho um pedido: "cuida de mim mãe, desse seu filho"... Sumi, dormi, rodei, como queiram dizer e/ou entender!



Hoje, sinto ainda toda a apaz que me foi passada pelas águas... água igual talvez as lágrimas que derramo quando lembro deste dia que não foi igual a nehum outro, e que daria tudo pra revivê-lo!