Kiua Dandalunda!
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Sinestesia em sonho!!
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
YEMONJÁ = Mãe dos filhos que são peixes. Me faz de seu filho... me acalenta nos seus seios e me dá proteção!
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Esù, Njila - Pambu Njila
imagem de exús de umbanda
Então o que seria realmente Esù/Njila?Pambu Njila é o agente de união ou ligação entre o espaço palpável [físico] e o espaço intocável [místico]. É a ponte que liga os seres humanos aos Minkisi.
Não completamente mau ou completamente bom, é o mensageiro que desempenha seus papéis e funções no espaço destinado ao culto. Aluvaiá [Pambu Njila] é dentre o panteão africano de Deidades o que mais se aproxima e se identifica com o próprio homem, sem, no entanto, colocá-lo distante do elenco místico.
É aquele que inicia o ciclo patronal dos Minkisi, dono e senhor das entradas e encruzilhadas, guardião dos portões e passagens das casas, cidades e pessoas, sempre alertando e avisando e protegendo. É o Senhor dos Caminhos, da comunicação e como a mesma, se mal utilizada é perigoso. É aquele que come tudo que a boca come... Compartilha com os seres humanos dos seus defeitos e de todas as qualidades. Esù é o senhor do mercado e de todas as trocas. Enquanto Bamburucema [Oyá] é responsável pela libido, Esù regência o próprio ato sexual.
É o responsável direto pela ordem do barracão. A ele devemos saudar e pedir a segurança do portão, para o bom andamento do Jamberessú [siré]. O primeiro a ser reverenciado, com um ritual que muitos chamam erroneamente de Despachar exu.
Vejamos o que significa o termo Despachar:
Significado de despachar
v.t. Resolver; deferir ou indeferir.
Enviar, expedir: despachar mercadorias.
Bras. Mandar embora, despedir: despachou a empregada.
Fig. e Pop. Matar: despachou o desafeto.
Fonte: http://www.dicio.com.br/despachar/
Se o intuito do ritual é de chamar [veja bem, chamar e não expulsar] Esù para que ele proteja o portão do terreiro para que o Jamberessú ocorra em paz, por que então se usa o termo despachar? Em uma resposta clara e rápida digo que é devido ao habito que se criou em achar que ele é o demônio, assim este termo foi agregado ao candomblé de fora para dentro, e hoje, infelizmente, muitos adeptos usam!
Essa energia, classificada como Pambu Njila, Mavile, Aluvaiá, etc., funciona como um elo e é o limite entre o astral e o material. As suas cores – o preto e o vermelho – afirmam alguns autores, significam: o preto, em quase toda teologia o desconhecido; o vermelho é a cor mais quente, a forte iluminação, o oposto da escuridão do preto. Esta imensurável contradição, somada ao poder que lhe é conferido para comunicar e ligar lhe dá também a possibilidade de fazer o oposto, ou seja, de desligar e comprometer qualquer comunicação, de construir ou destruir.
Laroye! Esù
Kiuá Luvaiá Ngananzila Kiuá (Viva Aluvaiá, Senhor dos Caminhos)
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
...Kayongo, Bamburucema, Matamba...
Espero que gostem, um forte abraço!
MATAMBA, enquanto mito, possivelmente advém do imaginário do povo africano bem mais recente. Sobre a existência e localização do Reino de Matamba: "o lugar conhecido no século XVII por 'Santa Maria de Matamba', justamente no local onde a soberana Njíngà à Mbàndè, baseada na ideologia túmúndòngò, mandou construir uma 'cidade real' foi erguida a Igreja de Santa Maria, pelos padres capuchinhos, tendo sido de conhecimento de Padre Cavazzi de Montecúccolo, que a ela se referiu na Istorica descrizione (1667)" [Historiografia sobre o Reino de Ndòngò no contexto da História de Angola - Lisboa 2000 - Virgilio Coelho]
TUASAKIDILA MATAMBA, KAYONGO, BAMBURUCEMA
[ MATAMBA, KAYONGO, BAMBURUCEMA SEJAM LOUVADAS]
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Música e proximidade com o divino!
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Você tem medo de feitiço?
Muitos perguntam se existe realmente ou se seria somente lenda. Em uma comunidade do Orkut [Candomblé] essa questão foi levantada por um dos participantes [ o Fernando ] em um de seus comentários o mesmo fala ou pelo menos explica qual o motivo de um feitiço:
- "A lógica de um feitiço é desequilibrar determinadas energias para prejudicar alguém.".
Devo completar que existem alguns que são feitos a fim de equilibrar energias para conseguir o que se deseja... ou alguém que se deseja... são os chamados Feitiços de amor!!!
Eu, particularmente, acho que feitiço existe, mas só pega em quem não se protege, ou em quem acredita fanaticamente que existe alguém, em algum lugar, que só anda fazendo feitiços para si! As energias estão soltas pela terra e cabe a nós só atrair as boas...
Esse tema já foi debatido e até cantado por pessoas famosas como Toquinho que canta uma música composta por Baden Powell e Vinicius de Moraes.quinta-feira, 30 de julho de 2009
A música e sua importância social.
Uiza Kiambote - Seja bem-vindo
Este é o primeiro texto do meu blogger, espero que gostem...
A música sempre intervém na vida de um povo já que a mesma é produto e fato da cultura destes. Ela é feita para acompanhar a vida e os esforços feitos cotidianamente pelo seu povo, na alegria e até mesmo na tristeza; por isso um povo sem música é um povo morto.
Desde os tempos antigos, o ser humano utiliza a música com uma função social, artística, estética, pedagógica, moral e sempre simbólica. Independente de a sociedade possuir uma tradição oral ou escrita, a música desempenha várias funções complexas. Vemos isso claramente nas sociedades africanas, a exemplo às músicas angolanas de tradição oral.
segundo suas funções sociais, as músicas angolanas, podem ser diferenciadas em dois modos: as músicas cerimoniais, institucionalizadas, e, por outro lado, as músicas não institucionalizadas, coletivas ou individuais.
Na cultura angolana, as músicas cerimoniais, são utilizadas nestas, entre outras, situações:
- Saída de gêmeos;
- A realização de um ritual de passagem da adolescência para a maturidade [tshikUmbì];
- Casamento;
- Saída de máscaras Zìndúngà em Cabinda ou no Lunda Tshokwe;
- A visita de uma pessoa ilustre;
- A cura de certas doenças;
- A celebração de cultos fúnebres.
Estas manifestações são entre as mais importantes da vida coletiva dos angolanos. Além de necessárias, são indispensáveis ao processo social já que permite ao povo manter crenças e suas tradições.
Quanto às músicas não institucionalizadas, coletivas ou individuas,são de utilização imediata. Sua atividade é indeterminada. Este tipo de música engloba, entre tantas outras:
- Canções de berço;
- Dança de simples divertimento;
- Canções durante orações, marchas, trabalhos domésticos, trabalhos coletivos;
- Lamentações fúnebres;
- Comunicação de mensagens linguísticas por meio do tambor.
Os textos das canções falam de valores e conhecimentos de um determinado povo. Muitas das vezes, as canções falam o que simples frases não podem falar. Exemplo disso existe as canções satíricas, guerreiras, lutas de independência. Vale ressaltar que os provérbios ocupam um lugar privilegiado nos textos das canções.
São ritmos intensos produzidos por tambores que há muito extravasaram e ultrapasaram os limites de suas tribos. Diz o senegalês Leopold Senghor que "o ritmo é a arquitetura do ser humano, a dinâmica interna que lhe dá forma. O ritmo se expressa através de meios os mais materiais, atraves de linhas, cores superfícies e formas de pintura, nas artes plásticas e na arquitetura.[...] Com esses meios o ritmo reconduz tudo no plano espiritual: na medida em que ele sensivelmente se encarna, o ritmo ilumina o espírito" (Senghor, 1956:60).
Então deixai a música tocar você.